O ator Diogo Vilela revelou que pediu para deixar a novela Quatro por Quatro após perceber que seu personagem estava perdendo espaço na trama. A produção de Carlos Lombardi foi exibida pela Globo entre 1994 e 1995 e será reprisada a partir de 19 de maio no canal Viva. A revelação do artista aconteceu no videocast Novelão, apresentado pela colunista Anna Luiza Santiago, do jornal O Globo.
O que você precisa saber
- Diogo Vilela revelou que deixou Quatro por Quatro por desgaste emocional;
- Ator disse que personagem perdeu destaque no auge da trama;
- Ele teve gastrite e chegou a ser internado durante as gravações;
- Pedido de saída foi feito diretamente a Mario Lúcio Vaz, então diretor da Globo.
“Me chamaram para ser protagonista. Falei: ‘Não acredito. Tem certeza? É verdade?’ Eu aceitei. Amava o personagem. Amava aquele azarão. Fazia tudo pela esposa, mas nada dava certo. Era muito popular. O personagem tinha empatia. Me tiraram. No meio da novela… Imagina no auge, e começa a diminuir. Estranho”, contou Diogo Vilela durante a entrevista.
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O ator afirmou que ou a situação até o momento em que sentiu impactos na saúde. “Fiquei guardando. Um dia, meu pai me ligou. Nunca tinha feito isso para falar da minha profissão. Ele disse: ‘Saia dessa novela. O que aconteceu?’ Saiu na imprensa que eu estava sendo mal aproveitado. Fui no Mario Lúcio Vaz [diretor da Globo na época] e falei: ‘Quero sair. Estou me sentindo mal, tive uma gastrite, fui para o hospital’. Saí da novela”, relatou.
Ainda no videocast, Diogo Vilela também falou sobre os bastidores da novela Sassaricando (1987), em que viveu Leonardo, marido da personagem Fedora, interpretada por Cristina Pereira. Segundo o ator, os dois combinavam todos os gestos em cena para garantir conforto e naturalidade. “O abraço era todo fake, mas para a câmera ficava ótimo”, explicou. “Marcava tudo antes. Virava, protegia, abraçava. Era tudo combinado.”
Diogo Vilela teve atrito com diretor de outra novela
Durante a conversa, o ator também afirmou que não era bem tratado por Cecil Thiré (1943–2020), então diretor-geral da novela. “Quando era ele, eu já falava: ‘Hum, Cristina, hoje é o Cecil’. Eu ficava na minha, porque ele não me tratava bem”, contou. Apesar da relação tensa, Vilela reconheceu que a pressão contribuía para o resultado final. “As cenas com ele eram ótimas. Dava uma tensão, e a gente fabrica melhor quando está tenso”, completou.