Regina Casé falou sobre a possibilidade de retorno do Esquenta, programa que comandou na Globo entre 2011 e 2017. Durante participação no podcast Podpah, a atriz e apresentadora disse que a volta da atração é improvável, devido às mudanças ocorridas no país e no perfil da televisão brasileira nos últimos anos.
“O Esquenta começou com previsão de durar três meses: janeiro, fevereiro e março. Aí virou o ano todo, doze meses. Não seria mais temporadas, seria o ano todo. Se eu desse linha, poderia ter virado tipo o Faustão, aumentando [o programa durante] o domingo”, contou Regina Casé.
Ao ser questionada sobre o fim da atração, a apresentadora foi direta sobre as mudanças na televisão brasileira. “Ah, cara, acho que mudou tudo. O Brasil mudou, tudo mudou. Em 2014, começou uma mudança. E mesmo a televisão, hoje em dia, está perseguindo um outro tipo de coisa”, afirmou. Para ela, o espaço que antes valorizava artistas populares foi diminuindo ao longo da década.
Regina Casé sente falta de espaço para novos talentos na TV
A apresentadora também falou sobre o impacto do programa na descoberta de talentos da música brasileira. “Vejo um monte de gente que é correspondente hoje em dia a Ludmilla daquela época, a MC Carol daquela época, do Mumuzinho daquela época… Não tenho o Esquenta, vou levar aonde esse cara que é demais!? Quase todo mundo dali eu descobri assim”, disse.
Regina Casé relatou que chegou a recrutar dançarinas após vê-las em um pagode em Bento Ribeiro, bairro na Zona Norte do Rio de Janeiro. “No dia seguinte, as moças já estavam no programa”, declarou. Ela contou ainda que as gravações duravam até seis horas e que artistas não queriam ir embora. “Péricles e Arlindo Cruz falaram que queriam gravar todo dia. A Ivete encontrava os amigos ali”, disse a apresentadora.
