Guerreiros do Sol, novela original Globoplay que estreia em 11 de junho, promete uma imersão visual fiel ao sertão das décadas de 1920 e 1930. A equipe de produção, liderada pelo diretor Rogério Gomes, baseou-se no livro homônimo de Frederico Pernambucano de Mello, consultor histórico do projeto, para garantir a riqueza de detalhes, especialmente no figurino.
Antônio Medeiros, responsável pela área, explicou que o figurino da novela é um dos mais desafiadores e empolgantes da carreira. “Quando entendemos os aspectos sociais, políticos e econômicos podemos traçar comportamentos, dentre eles o de vestir”, afirmou o figurinista. Ele viajou ao sertão para buscar peças autênticas e valorizar artesãos locais. Rendas, tecidos bordados e artefatos em couro foram encomendados diretamente com especialistas da região, com muitos desses itens usados na novela ou servindo de inspiração para reproduções.
Com cerca de 8 mil peças de vestuário e órios e mil uniformes e embornais, além de roupas do acervo e alugadas, a produção envolveu ateliês de costura, uma fábrica de ternos e facções no Rio de Janeiro, além de botas e sapatos confeccionados no Rio Grande do Sul. “Os órios em couro, como alpercatas, coldres, chapéus, gibões, bolsas e perneiras, vieram em sua grande maioria do Norte e Nordeste”, detalhou Antônio Medeiros.
O historiador Robério Santos foi fundamental, indicando pessoas para a confecção dos embornais de forma artesanal, replicados depois em maior escala. A identidade visual de cada cangaceiro em Guerreiros do Sol também recebeu atenção, refletindo a tradição do cangaço, como explicou Medeiros: “O Lampião protagonizava isso e incentivava isso, e o Josué assume esse papel na novela também”, disse.
Michaele Gasparini é sócia-fundadora e editora-chefe do TV Pop. Corredora nas poucas horas vagas que tem, atuou como repórter no Notícias da TV e foi colaboradora da coluna do Leo Dias. Além disso, trabalhou em diversas atrações do SBT, e encerrou seu ciclo na emissora fazendo parte da equipe de Silvio Santos.